quinta-feira, 31 de março de 2011

EVOLUCIONISMO E TEORIA DA EVOLUÇÃO


A teoria da evolução, também chamada evolucionismo, afirma que as espécies animais e vegetais, existentes na Terra, não são imutáveis.

Alguns pesquisadores afirmam que as espécies sofrem, ao longo das gerações, uma modificação gradual que inclui a formação de novas raças e de novas espécies. Depois da sua divulgação, tal teoria se transformou em fonte de controvérsia, não somente no campo científico, como também na área ideológica e religiosa em todo o mundo.

Até o século XVIII, o mundo ocidental aceitava com muita naturalidade a doutrina do criacionismo. De acordo com essa doutrina, cada espécie animal ou vegetal teria sido criado independentemente por ato divino.

O pesquisador francês Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros a negar esse postulado e a propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado. A partir da observação de que fatores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos, Lamarck imaginou que tais modificações se transmitissem à prole: os filhos das pessoas que normalmente tomam muito sol já nasceriam mais morenos do que os filhos dos que não tomam sol.

A necessidade de respirar na atmosfera teria feito aparecer pulmões nos peixes que começaram a passar pequenos períodos fora d'água, o que teria permitido a seus descendentes viver em terra mais tempo, fortalecendo os pulmões pelo exercício; as brânquias, cada vez menos utilizadas pelos peixes pulmonados, terminaram por desaparecer.

Assim, o mecanismo de formação de uma nova espécie seria, em linhas gerais, o seguinte: alguns indivíduos de uma espécie ancestral passavam a viver num ambiente diferente; o novo ambiente criava necessidades que antes não existiam, as quais o organismo satisfazia desenvolvendo novas características hereditárias; os portadores dessas características passavam a formar uma nova espécie, diferente da primeira.

A doutrina de Lamarck foi publicada em Philosophie zoologique (1809; Filosofia zoológica), e teve, como principal mérito, suscitar debates e pesquisas num campo que, até então, era domínio exclusivo da filosofia e da religião. Estudos posteriores demonstraram que, apenas o primeiro postulado do lamarckismo, estava correto; de fato, o ambiente provoca no indivíduo modificações adaptativas; mas os caracteres assim adquiridos não se transmitem à prole.

Em 1859, Charles Darwin publicou The Origin of Species (A origem das espécies), livro de grande impacto no meio científico que pôs em evidência o papel da seleção natural no mecanismo da evolução. Darwin partiu da observação segundo a qual, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros. Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas. Os mais bem ad aptados são os que deixam maior número de descendentes.

O darwinismo estava fundamentalmente correto, mas teve de ser complementado e, em alguns aspectos, corrigido pelos evolucionistas do século XX para que se transformasse na sólida doutrina evolucionista de hoje. As idéias de Darwin e seus contemporâneos sobre a origem das diferenças individuais eram confusas ou erradas. Predominava o conceito lamarckista de que o ambiente faz surgir nos indivíduos novos caracteres adaptativos, que se tornam hereditários.

Um dos primeiros a abordar experimentalmente a questão foi o biólogo alemão August Weismann, ainda no século XIX. Tendo cortado, por várias gerações, os rabos de camundongos que usava como reprodutores, mostrou que nem por isso os descendentes passavam a nascer com rabos menores. Weismann estabeleceu também a distinção fundamental entre células germinais e células somáticas.

Origem das raças: As mutações, as recombinações gênicas, a seleção natural, as diferenças de ambiente, os movimentos migratórios e o isolamento, tanto geográfico como reprodutivo, concorrem para alterar a freqüência dos genes nas populações de animais e são, assim, os principais fatores da evolução.

Duas raças geograficamente isoladas evoluem independentemente e se diversificam cada vez mais, até que as diferenças nos órgãos reprodutores, ou nos instintos sexuais, ou no número de cromossomos, sejam grandes a ponto de tornar o cruzamento entre elas impossível ou, quando possível, produtor de prole estéril. Com isso, as duas raças transformam-se em espécies distintas, isto é, populações incapazes de trocar genes. Daí por diante, mesmo que as barreiras venham a desaparecer e as espécies passem a compartilhar o mesmo território, não haverá entre elas cruzamentos viáveis. As duas espécies formarão, para sempre, unidades biológicas estanques, de destinos evolutivos diferentes.

Se, entretanto, o isolamento geográfico entre duas raças é precário e desaparece depois de algum tempo, o cruzamento entre elas tende a obliterar a diferenciação racial e elas se fundem numa mesma espécie, monotípica, porém muito variável. É o que está acontecendo com a espécie humana, cujas raças se diferenciaram enquanto as barreiras naturais eram muito difíceis de vencer e quase chegaram ao ponto de formar espécies distintas; mas os meios de transporte, introduzidos pela civilização, aperfeiçoaram-se antes que se estabelecessem mecanismos de isolamento reprodutivo que tornassem o processo irreversível. Os cruzamentos inter-raciais tornaram-se freqüentes e a humanidade está-se amalgamando numa espécie cada vez mais homogênea, mas com grandes variações.

Populações que se intercruzam amplamente apresentam pequenas diferenças genéticas, mas as populações isoladas por longo tempo desenvolvem diferenças consideráveis. Em teoria, raças são populações de uma mesma espécie que diferem quanto à freqüência de genes, mesmo que essas diferenças sejam pequenas. A divisão da humanidade em determinado número de raças é arbitrária; o importante é reconhecer que a espécie humana, como as demais, está dividida em alguns grupos raciais maiores que, por sua vez, se subdividem em raças menos distintas, e a subdivisão continua até se chegar a populações que q uase não apresentam diferenças.

As subespécies representam o último estádio evolutivo na diferenciação das raças, antes do estabelecimento dos mecanismos de isolamento reprodutivo. São, portanto, distinguíveis por apresentarem certas características em freqüência bem diferentes. Não se cruzam, por estarem separadas, mas são capazes de produzir híbridos férteis, se colocadas juntas.

Por esse critério, que é o aceito pela biologia moderna, os nativos da África e da selva amazônica, por exemplo, são raças que atingiram plenamente o nível de subespécies. O mesmo pode-se dizer dos italianos e os esquimós etc., mas não há grupos humanos que se tenham diferenciado em espécies distintas, pois espécies são grupos biológicos que não se intercruzam habitualmente na natureza, mesmo quando os indivíduos habitam o mesmo território.

Bases Físicas do Brasil. Série Geografia do Brasil

Bases Físicas do Brasil. Série Geografia do Brasil

Essa série de posts visa contribuir com alunos que estão cursando principalmente os do ensino médio, não que o assunto não seja útil a outros anos, mas o que vocês verão aqui é o resultado de um material que foi preparado como breves notas de aulas para um determinado segundo colegial.Como sempre, alerto meus alunos, não se trata de nada acabado, são apenas notas que lhes direcionarão para pesquisas mais abrangentes.
Boa leitura!

Bases Físicas do Brasil.
Podemos entender como base física as ocorrência naturais que se manifestam no território do Brasil. No caso da Geografia, principalmente o relevo, a hidrografia, a vegetação e o clima.
O ser humano atuando no meio natural retira matéria-prima ou usa-o de forma a satisfazer basicamente todas suas necessidades. Não podemos desvincular de forma plena o ser humano do meio natural onde ele vive, nossa intenção aqui e fazer uma apresentação suscinta das características físicas presentes no Brasil, com o objetivo de entender em qual substrato o povo brasileiro e suas instituições atuam.
Segue-se abaixo algumas informação sobre as bases físicas que constituem o Brasil.

Formações vegetais.
As formações vegetais ocupam quase toda superfície do planeta e se desenvolvem naturalmente devido às influências principalmente de clima, solo, umidade, calor, etc. Essas formações vegetais podem receber várias denominações dependendo de quem (ou da ciência) que os estudam. Dentre as denominações temohttp://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/biomas_grf01.gifs:

Relevo.
Das classificações do relevo brasileiro a mais atual e mais usada ultimamente é a do geógrafo Jurandyr Ross da USP.
No Brasil as estruturas de relevo (composição das rochas terrestres) são antigas e as formas de relevo (parte mais superficial das estruturas) são mais recentes. As estruturas de relevo são formadas pelas forças internas do planeta (forças endógenas) enquanto as formas de relevo são esculpidas pelas forças externas (exógenas) com ação da água, ventos, temperatura, etc. Lembramos que sempre há uma relação entre essas duas forças.
As formas de relevo no Brasil são Planalto, Planícies e Depressões que estão assentadas nas estruturas conhecidas como bacias sedimentares, 64% do território e escudos cristalinos 36% dos território.
Planaltos: áreas onde o processo de erosão superam os de deposição, neles ocorrem superfícies irregulares como serras, morros e chapadas em alguns pontos com altitudes superiores a 300 mts.
Planícies: áreas onde a deposição de sedimentos predomina sobre os processos erosivos, geralmente são regiões aplainadas com pouca altitude.
Depressões: nelas os processos erosivos também são predominantes, normalmente são superfícies aplainadas geradas, em grande parte, pela erosão de massas rochosas menos resistentes. No Brasil costumam circular os planaltos, sendo assim uma região mais baixo que o seu redor.