segunda-feira, 21 de maio de 2012

Criação do governo-geral no Brasil

Achava D. João III que as capitanias não progrediam porque faltava uma autoridade a que todos os donatários obedecessem. Foi essa autoridade, nomeada por ele, em 1548, que se chamou governador-geral. Para a sede do governo-geral, o rei escolheu a Bahia. É que essa capitania ficava mais ou menos no meio da costa brasileira e o governador podia, assim, atender às necessidades do norte e do sul da colonia. Entretanto, como as capitanias eram hereditárias, passando de pai para filho, nem o próprio rei que as havia criado, tinha poderes para tomá-las de seus donatários. Por isso D, João III foi obrigado a comprar a capitania da Bahia ao filho de Francisco Pereira Coutinho, para nela poder estabelecer a sede do governo-geral. Para auxiliar Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil, o rei nomeou um alcaide-mor, chefe da milícia, um ouvidor geral, que cuidava da justiça, um capitão-mor da Costa, para defender o litoral dos ataques dos estrangeiros, e um provedor-mor da Fazenda, que cuidava das rendas da colônia, como cobrança dos impostos, e das despesas, como pagamento dos funcionários. Tomé de Sousa recebeu do rei grandes poderes: deveria fundar na baía de Todos os Santos a cidade do Salvador; tratar bem os índios que se mostrassem amigos dos portugueses, podendo até condenar à morte os colonos que os escravizassem; deveria ainda nomear funcionários e conceder sesmarias (grandes extensões de terras) aos que quisessem estabelecer-se com engenhos de açúcar. Em março de 1549, chegou à baía de Todos os Santos a esquadra que trazia, além de Tomé de Sousa, o ouvidor-geral da Justiça Pêro Borges, o provedor-mor da Fazenda Antônio Cardoso de Barros, também donatário da capitania do Ceará, e Vero Góis da Silveira, nomeado para o cargo de capitão-mor da Costa. Também vinham na esquadra homens de ofício, carpinteiros, pedreiros, muitos soldados e colonos, além de vários jesuítas, os primeiros que chegaram ao Brasil, chefiados por Manuel da Nóbrega. Ajudado pelos índios de Diogo Álvares, o Caramuru, Tomé de Sousa iniciou a construção da cidade do Salvador, inaugurada alguns meses depois. O próprio governador-geral, porque era homem simples e trabalhador, levava em seus ombros as tábuas e outros materiais para a construção das casas.Foi muito proveitosa a administração de Tomé de Sousa: desenvolveram-se as plantações e iniciou-se a atividade pastoril, com as primeiras cabeças de gado que o governador-geral mandou vir das ilhas do Cabo Verde. Os jesuítas começaram a catequese dos índios e, por conselho do Padre Manuel da Nóbrega, criou-se o primeiro bispado, sendo nomeado, para servir na Bahia, o bispo D. Pero Fernandes Sardinha. Tomé de Sousa percorreu as capitanias do Sul, pois queria saber pessoalmente quais as medidas que deveria tomar para que elas continuassem progredindo: na de São Vicente aprovou a fundação da Vila de Santos e, ao passar pela baía de Guanabara, ficou entusiasmado com o lugar e aconselhou ao rei fosse fundada uma povoação para garantir a defesa desse litoral contra os estrangeiros. Se o seu conselho fosse seguido por D. João III, os franceses não teriam invadido o Rio de Janeiro em 1555. Tomé de Sousa ainda se interessou em verificar se havia ouro no Brasil e por isso organizou uma expedição ou entrada, a de Francisco Bruza Espinosa,que partiu para o sertão baiano, já no governo seguinte. Em 1553, Tomé de Sousa foi substituído por D. Duarte da Costa. Com o segundo governador-geral vieram vários jesuítas, além do noviço José de Anchieta, então com dezenove anos de idade. Também acompanhava o novo governador o seu filho, D. Álvaro da Costa, moço valente mas de maus costumes. Por isso, D. Álvaro foi censurado pelo bispo. O governador tornou a defesa do filho, o que provocou agitações na Bahia: muitas pessoas apoiavam o bispo, enquanto outras estavam a favor de D. Duarte. Com o fim de explicar ao rei o que acontecia no Brasil, embarcou o bispo para a Europa. Mas o navio em que viajava, Nossa Senhora da Ajuda,naufragou na costa de Alagoas e D. Pêro Fernandes Sardinha foi morto e devorado pelos caetés. Um dos seus companheiros, que também teve &mesmo fim, foi António Cardoso de Barros, donatário da capitania do Ceará. Ainda no governo de D. Duarte da Costa, em novembro de 1555, os’ franceses ocuparam o Rio de Janeiro; eram chefiados por Nicolau Durand de Villegagnon e contavam com a aliança dos índios tamoios, inimigos dos portugueses. Em 1554, verificou-se, na capitania de São Vicente, importante acontecimento: foi fundado pelos jesuítas, no planalto de Piratininga, a 25 de janeiro (dia da conversão de São Paulo), o colégio de São Paulo, origem da cidade do mesmo nome. Dois outros acontecimentos ocorreram no governo de D. Duarte da Costa: em Portugal morreu o rei D. João III e na Bahia, na Vila do Pereira, o Caramuru, que tanto ajudou Tomé de Sousa na fundação da cidade do Salvador.

FILOSOFIA

esta parte do blog esta disponível para comentários das pesquisas de filosofia

terça-feira, 8 de maio de 2012

O IDH DO BRASIL E DO MUNDO

O IDH DO BRASIL E O MUNDO IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita. Classificação de acordo com o IDH (leva em consideração a classificação, ranking): - 25% de menor IDH - desenvolvimento humano baixo (geralmente países pobres). - 25% acima dos de menor IDH - desenvolvimento humano médio (geralmente países em processo de desenvolvimento). - 25% abaixo dos países de melhor IDH - desenvolvimento humano alto (geralmente países em rápido processo de crescimento econômico - emergentes). - 25% de melhor IDH - desenvolvimento humano muito alto (geralmente países ricos e bem desenvolvidos). De acordo com dados para 2011, o IDH do Brasil é 0,718. Embora apresente deficiências no sistema educacional, o IDH do Brasil é considerado de alto desenvolvimento humano, pois o país vem apresentando bons resultados econômicos e sociais. A expectativa de vida em nosso país também tem aumentado, colaborando para a melhoria do índice nos últimos anos. Mudanças no Pnud 2011 Em 2010 foram analisados 169 países. Já em 2011 o número de países e territórios analisados foi de 187. Esta mudança dificulta a comparação de ranking entre os dados dos relatório de 2010 e 2011. Colocação no Ranking de IDH de alguns países: (Dados referente ao PNUD de 2011) 1º - Noruega - 0,943 2º - Austrália - 0,929 3º - Holanda - 0,910 4º - Estados Unidos - 0,910 5º - Nova Zelândia - 0,908 6º - Canadá - 0,908 7º - Irlanda - 0,908 8º - Liechtenstein - 0,905 9º - Alemanha - 0,905 10º - Suécia - 0,904 11º - Suíça - 0,903 12º - Japão - 0,901 13º - Hong Kong - 0,898 84º - Brasil - 0,718

A INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

A Industrialização no Brasil A industrialização no Brasil esta dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de "Proibição"; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de "Implantação"; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira e o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização da economia brasileira. Nesta época se fazia restrição ao desenvolvimento de atividades industriais no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a metrópole e a colônia. Eram, principalmente, de fiação, calçados, vasilhames. Na segunda metade do século XVIII algumas indústrias começaram a crescer, como a do ferro e a têxtil. Isso em Portugal porque já faziam concorrência ao comércio da corte e poderiam tornar a colônia independente financeiramente, adquirindo a possibilidade da independência política. Assim, em 5 de janeiro de 1785, D. Maria I assinou um alvará,[1] extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores. As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII, proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima. Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob uma única parte do processo industrial. Dessa maneira, o trabalhador não tinha mais ciência do valor da riqueza por ele produzida. Ele passou a receber um salário pelo qual era pago para exercer uma determinada função que, nem sempre, correspondia ao valor daquilo que ele era capaz de produzir. Esse tipo de mudança também só foi possível porque a própria formação de uma classe burguesa – munida de um grande acúmulo de capitais – começou a controlar os meios de produção da economia. O outro foi marcado pela Revolução de 1930, com Getúlio Vargas, que operou uma mudança decisiva no plano da política interna, afastando do poder do estado oligarquias tradicionais que representavam os interesses agrários-comerciais. Getúlio Vargas adotou uma política industrializante, a substituição de mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa mão-de-obra era formada no Rio de Janeiro e São Paulo em função do êxodo rural (decadência cafeeira) e movimentos migratórios de nordestinos. Vargas investiu forte na criação da infra-estrutura industrial: indústria de base e energia.

quinta-feira, 29 de março de 2012

As terras indigenas no Brasil

Direito constitucional

A Constituição de 1988 consagrou o princípio de que os índios são os primeiros e naturais senhores da terra. Esta é a fonte primária de seu direito, que é anterior a qualquer outro. Consequentemente, o direito dos índios a uma terra determinada independe de reconhecimento formal.
Não obstante, também por força da Constituição, o Poder Público está obrigado a promover tal reconhecimento. Sempre que uma comunidade indígena ocupar determinada área nos moldes do artigo 231, o Estado terá que delimitá-la e realizar a demarcação física dos seus limites. A própria Constituição estabeleceu um prazo para a demarcação de todas as Terras Indígenas (TIs): 5 de outubro de 1993. Contudo, isso não ocorreu, e as TIs no Brasil encontram-se em diferentes situações jurídicas.
Embora os índios detenham a posse permanente e o "usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos" existentes em suas terras, conforme o parágrafo 2º do Art. 231 da Constituição, elas constituem patrimônio da União.
E, como bens públicos de uso especial, as terras indígenas, além de inalienáveis e indisponíveis, não podem ser objeto de utilização de qualquer espécie por outros que não os próprios índios.

Objetivo da demarcação das terras indígenas é garantir o direito indígena à terra. A demarcação estabelece a extensão da área de usufruto dos índios e deve assegurar a proteção dos limites, impedindo sua ocupação por não-índios.
A demarcação obedece a um processo sistemático, segundo o artigo 19 do Estatuto do Índio e regulado pelo Poder Executivo. Atualmente o procedimento é o estipulado decreto 1.775, de janeiro de 1996 e consta das seguintes etapas:
É feito um estudo antropológico por antropólogo de competência reconhecida pela Funai a fim de reconhecer a terra indígena por um prazo determinado.
O relatório é então apresentado para apreciação da Funai. Caso haja aprovação pelo presidente da Funai, ocorre a publicação do resumo do relatório no Diário Oficial da União e no Diário Oficial da unidade da federação onde se localizam as terras, em um prazo de quinze dias. O resumo também deve ser afixado na prefeitura local.Todos os interessados podem contestar o reconhecimento da terra indígena, desde o início do processo até 90 dias da publicação do resumo no Diário Oficial. Para isto, encaminham à Funai suas razões e provas pertinentes. As contestações podem querer apontar vícios no relatório ou exigir indenizações. Após concluído o prazo de contestações, a Funai tem 60 dias para elaborar os pareceres sobre as contestações e encaminhá-las ao Ministério da Justiça.
Cabe ao presidente da República a homologação da terra indígena.

A atuação dos jesuitas na educação do Brasil

O padre Manuel da Nóbrega comandou os primeiros jesuítas a chegarem ao Brasil. Desembarcaram na Bahia, em 1549, na expedição de Tomé de Souza, enviado para ser o governador-geral da colônia. Passados 460 anos, deve-se hoje aos jesuítas a abertura dos primeiros colégios no Brasil (o primeiro deles em Salvador), a valorização do hábito do estudo e grande parte do registro conhecido da cultura indígena. Sem falar na contribuição literária do padre Antônio Vieira (1608-1697), com seus sermões, obra obrigatória do Barroco nacional. Por outro lado, os jesuítas não foram só professores e poetas, mas soldados, empresários e políticos. Defenderam os interesses da coroa e da Igreja, pilotaram empreendimentos comerciais e usaram a mão-de-obra indígena para apoiar a economia de Portugal.

A posição da Companhia de Jesus no que se refere à escravidão ainda hoje gera polêmica. A ordem era contra a exploração dos índios pelos colonos e bandeirantes, pois argumentava que os nativos tinham alma e podiam ser convertidos à fé católica. De acordo com Jonathan Wright, autor de Os Jesuítas: Missões, Mitos e Histórias, para defender as populações indígenas da escravidão, os jesuítas discursavam contra a prática durante os sermões e eram capazes até de armar as tribos.

terça-feira, 27 de março de 2012

GRANDES CORRENTES DO PENSAMENTO DO SÉCULO XIX NA EUROPA

Grandes Correntes do Pensamento do Século XIX Europa

Liberalismo
O liberalismo tem suas origens na filosofia iluminista, expandindo-se pela Europa após a Revolução Francesa.
O liberalismo propunha, no plano econômico, a liberdade de produzir, vender e comprar, onde, quando e como a burguesia quisesse. A liberdade dos empresários traria assim, segundo um dos principais teóricos do pensamento liberal, Adam Smith, a riqueza das nações.
No plano político, o liberalismo significou a liberdade individual, a formação de governos representativos e constitucionais, a garantia legal da propriedade e da liberdade do pensamento.

Nacionalismo
O "direito dos povos a dispor de si próprios" faz parte de diversas ideologias após a Revolução Francesa. Aos poucos, devido ao próprio contexto europeu, as populações passam a incorporar o ideal nacionalista. Este ideal vai tomando a forma de um sentimento, que se instala no interior das populações europeias.
Isto fez com que as pessoas começasse a ansiar e lutar pela unificação de seus países, a fim de os transformar em nações soberanas.

O Socialismo Utópico
Diante das graves consequências sociais da Revolução Industrial; vários pensadores e intelectuais propuseram as mais variadas soluções. O socialismo utópico recebeu tal denominação porque o que seus defensores propunham era irrealizável, ou seja, não funcionava na prática.
Roberto Owen, por exemplo, era um capitalista com ideias humanitárias. Em suas fábricas, reduziu a jornada de trabalho dos operários, procurou melhorar suas habitações organizou escolas e creches, Seus empreendimentos fracassaram, porém seus ideais humanitários influenciaram os reformadores sociais que vieram depois

O Socialismo Científico
Em 1848, os alemães Karl Marx e Frederic Engels publicaram uma obra revolucionária: "O Manifesto Comunista". Eis algumas características da obra:
A história das humanidades, com exceção das comunidades primitivas, tem sido a história das lutas de classes. Na antiguidade, havia um conflito entre cidadão livres e escravos; Na Idade Média, senhores feudais e os servos da glebae, na época de Marx, a burguesia dominava economicamente o proletariado.
Os proletáriados deveriam se organizar e, através de uma revolução, tomar o poder, quando o proletariado destruiria o modo de produção capitalista e instituiria o socialismo que seria a transição para uma sociedade comunista. Daí porque pregava a união do proletariado: "Proletários do mundo todo, univos"!
Essa frase de transição Marx denominava-se de ditadura do proletariado. Depois disso, acreditava ele que a mesa daria lugar a uma sociedade sem classes, o comunismo. E esta seria uma sociedade na qual os meios de produção pertenceriam "a todos", isto é, ao povo. Em tal sociedade, "cada um trabalharia de acordo com sua capacidade e ganharia de acordo com suas necessidades".

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

AULA INTERDISCIPLINAR DE LÍNGUA PORTUGUESA E GEOGRAFIA














Em aula interdisciplinar de Língua Portuguesa e Geografia, no 6º ano, Turma 6201 do Colégio Estadual Professor Aureliano, do município de Taguatinga-TO, desenvolveu-se na primeira semana letiva, um passeio pela escola, denominado "Turismo na Escola" com o objetivo de fazer com que os alunos iniciantes conhecessem as dependências da escola e também,tivessem noções de Orientação.

Depois da visita às dependências, os alunos retornaram à sala, realizaram comentários e produziram um texto intitulado: “MINHA ESCOLA É ASSIM...”. Os textos produzidos foram transcritos para o caderno de Coletênea de Texto da turma. Em seguida , sob orientação do Professor de Geografia produziram a planta da escola. As referidas plantas foram expostas na escola, sendo que as duas melhores foram postadas neste blog.